POR DO SOL DO RIO GRANDE DO SUL

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Quando a tarde cai, e o sol beija o horizonte a pampa se cala para escutar os grilos

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HO DE CASA

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Á Beira do Fogo

Causos Gauchescos

O Livro Á BEIRA DO FOGO, não é um livro comum
assim como não é comum à capacidade criativa do
povo brasileiro. Este livro, trás 24 causos narrados
de uma forma diferente de tudo o que foi editado
no gênero, pois os mesmos são descritos, como se
o autor realmente tenha vivenciado os fatos.
São narrativas bem humoradas e com bom
enredo, onde o autor inventa as situações mais
inusitadas, acontecidas em ranchos e pesqueiros
assombrados, cruzamentos entre raças, caçadas e
pescarias, como o fato de matar 77 caturritas de
um tiro só usando uma carabina descarregada,
Pescar com um couro de cobra ao invés de rede,
relatar um romance com o fantasma de uma bela
moça, entre outros ainda mais difíceis de acreditar.

domingo, 1 de julho de 2012

UM RANCHO DE LEIVA E QUINCHA DE SANTA FÉ TRADICIONAL. PROPRIEDADE DE ELIEZER TADEU DIAS DE SOUZA LOCALIZADO NA REGIÃO DA MEI´AGUA NA BOLENA INTERIOR DE BAGÉ. ESSE TIPO DE RANCHO ESTÁ EM EXTINSÃO POR SER UM HABITAT PARA O "BARBEIRO". MAIOR PROPAGADOR DO MAL DE CHAGAS.


COMO ME ENXERGAM E COMO ME OUVEM

Muitos não me enxergam campeiro, por que minha bombacha tem feitio caseiro, palmo e pico de largura e o punho fica no cano da bota.
Não me enxergam campeiro por que minha camisa tem uma cor só e um botão em cada punho.
Não me enxergam campeiro por que meu lenço também tem uma cor só e alguns palmos de tamanho.
Não me enxergam campeiro por que não uso um chapéu com um palmo de aba e nem boina cruzada na fronteira.
Também não me escutam campeiro por que meu verso não fala de grandes estâncias e sesmarias sem fim.
Não me escutam campeiro por que meu verso não é traduzido por peão de estância nem patrão.
Não me escutam campeiro por que meu verso não é tropeiro nem domador.
Não me escutam campeiro por que meu verso não dorme em galpão e nem em cama de pelego.
Não me escutam campeiro por que meu verso também fala de amor, paz e fraternidade.
 De fato. Nunca fui estancieiro nem peão de estância, pois venho de um berço rural medindo poucas braças de campo, cujo proprietário era um homem simples que criou a prole sendo campeiro e agricultor ao mesmo tempo sempre respeitando cada bicho, cada gota de água e cada punhado de terra que os cercavam.
Nunca tive um patrão, mas tive um pai que tropeava o próprio gado, amansava seus bois e domava seus cavalos. Nunca foi patrão, mas tinha em cada filho um peão para a lida.
Nunca tive um galpão de estância, mas tive um rancho humilde e uma cama tosca para descansar depois da lida que nunca começou depois do sol mostrar a cara e nem terminou antes que fosse engolido pela noite.
Assim que:
Talvez não sirva por modelo de campeirismo, afinal minha vida de campo se resume nos primeiros 14 anos de vida, mas nesse tempo o que vi, ouvi e vivi, me fizeram aprender coisas que por certo muitos morrerão de velhos sem conhecer.
Talvez por isso meu verso traduza essa visão um pouco diferenciada de campeirismo!
Meu verso retrata a figura desse pequeno mundo de cada um que nunca foi patrão exceto de si mesmo, que compartilha com a família a lida e o pão de cada dia. Que ainda pede a benção quando se acende o lampião. Que conhece a dor dos bichos no comportamento. Que sabe o pelo e a mania de cada vaca da mangueira, as baldas de cada matungo, a furna de cada mulito, o ninho de cada pássaro, a laranjeira que da o fruto mais doce e até a lua boa para cada coisa. Enfim é esse o mundo que conheço e é dessa gente que meu verso fala,
Talvez por ser esse o meu mundo, para mim não existe nada mais campeiro que isso!!!!!

O TEMPO E O VENTO

O VENTO soprou nas canhadas, invadiu frestas das casas e soprou gravetos reacendendo as brasas do TEMPO.
Encantou a alma dos vivos e ressuscitou outras tantas que “dormiam sono profundo” nas paginas amareladas dos livros.
Uma inversão onde os vivos é que encarnaram os mortos emprestaram seus semblantes e timbres, absorveram suas dores e alegrias como se não existisse distancia entre a vida e a morte, entre o passado e o presente, entre o real e o fictício.
Afinal... Não existe o que apague “O TEMPO E O VENTO”, que passou em nossas vidas.
Para muitos é um ciclo que termina, uma saudade que nasce, uma nostalgia que vaza seu gosto de sal pelas frestas do rosto.
Para muitos é um ciclo que começa. Um continente que deixa de ser apenas dos “fronteiros”, para ser patrimônio da umanidade.
Um retrato que se movimenta e tem voz. Um retrato que não amarela e nem envelhece. Um retrato que se oferta a quem aprecia a arte.
Fica a nossa “SANTA FÉ”, plantada em solo fértil, para servir de fortim para as lembranças de tudo o que suas paredes presenciaram.
- A nossa SANTA FÉ. Patrimônio que já nasceu tombado por já ter nascido “história”.
Pena que não mais consigamos enxergar ÉRICO VERISSIMO.
Com certeza veríamos que seu sorriso não cabe no rosto, afinal seus “filhos” voltaram a vida, para comungarem o mate com uma legião de gaúchos e “agauchados” que aportaram nesta fronteira para dar longevidade ao seu maior legado.
Mil Gracias Jaime Monjardim, e quando digo mil gracias ao capataz dessa comitiva, estendo esse agradecimento a todos que de alguma forma contribuíram com essa grande obra. Vocês conseguiram mobilizar uma região inteira. Ou melhor. Apaixonaram uma região inteira, pois durante esse tempo, muitas paixões se tornaram secundárias.
Só posso dizer. Vão com Deus.
Mas recuso-me a dizer ADEUS.

Prefiro dizer ATÉ LOGO e voltem breve.


SÃO VIDEOS COM MUSICAS DE SEVERINO RUDES MOREIRA E PARCERIAS.

*http://www.youtube.com/watch?v=bQa0gTTEJb0&feature=related
Entre Baguais

Das Cruzes

Rumbeando Pro Fim

Proseando Com a Lua

Véia Descaderada

Quando o Coração Pede Pouso

www.youtube.com/cattanicesar
Coplas Para Um galpão

PROSEANDO COM A LUA AO VIVO

Davi Meneses Junior – Classificando as Etnias

DECIMA DE UMA RIMA SÓ

ASSUSSEGA CHINA VÉIA

OUTRA FORMA DE VER

PELAS MÃOS