sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
domingo, 1 de julho de 2012
COMO ME ENXERGAM
E COMO ME OUVEM
Muitos não me
enxergam campeiro, por que minha bombacha tem feitio caseiro, palmo e pico de
largura e o punho fica no cano da bota.
Não me enxergam
campeiro por que minha camisa tem uma cor só e um botão em cada punho.
Não me enxergam
campeiro por que meu lenço também tem uma cor só e alguns palmos de tamanho.
Não me enxergam
campeiro por que não uso um chapéu com um palmo de aba e nem boina cruzada na
fronteira.
Também não me
escutam campeiro por que meu verso não fala de grandes estâncias e sesmarias
sem fim.
Não me escutam
campeiro por que meu verso não é traduzido por peão de estância nem patrão.
Não me escutam
campeiro por que meu verso não é tropeiro nem domador.
Não me escutam
campeiro por que meu verso não dorme em galpão e nem em cama de pelego.
Não me escutam
campeiro por que meu verso também fala de amor, paz e fraternidade.
De fato. Nunca fui estancieiro nem peão de
estância, pois venho de um berço rural medindo poucas braças de campo, cujo
proprietário era um homem simples que criou a prole sendo campeiro e agricultor
ao mesmo tempo sempre respeitando cada bicho, cada gota de água e cada punhado
de terra que os cercavam.
Nunca tive um
patrão, mas tive um pai que tropeava o próprio gado, amansava seus bois e domava
seus cavalos. Nunca foi patrão, mas tinha em cada filho um peão para a lida.
Nunca tive um
galpão de estância, mas tive um rancho humilde e uma cama tosca para descansar
depois da lida que nunca começou depois do sol mostrar a cara e nem terminou antes
que fosse engolido pela noite.
Assim que:
Talvez não sirva
por modelo de campeirismo, afinal minha vida de campo se resume nos primeiros
14 anos de vida, mas nesse tempo o que vi, ouvi e vivi, me fizeram aprender
coisas que por certo muitos morrerão de velhos sem conhecer.
Talvez por isso
meu verso traduza essa visão um pouco diferenciada de campeirismo!
Meu verso retrata
a figura desse pequeno mundo de cada um que nunca foi patrão exceto de si
mesmo, que compartilha com a família a lida e o pão de cada dia. Que ainda pede
a benção quando se acende o lampião. Que conhece a dor dos bichos no
comportamento. Que sabe o pelo e a mania de cada vaca da mangueira, as baldas
de cada matungo, a furna de cada mulito, o ninho de cada pássaro, a laranjeira
que da o fruto mais doce e até a lua boa para cada coisa. Enfim é esse o mundo
que conheço e é dessa gente que meu verso fala,
Talvez por ser
esse o meu mundo, para mim não existe nada mais campeiro que isso!!!!!
O TEMPO E O
VENTO
O VENTO soprou
nas canhadas, invadiu frestas das casas e soprou gravetos reacendendo as brasas
do TEMPO.
Encantou a alma
dos vivos e ressuscitou outras tantas que “dormiam sono profundo” nas paginas
amareladas dos livros.
Uma inversão
onde os vivos é que encarnaram os mortos emprestaram seus semblantes e timbres,
absorveram suas dores e alegrias como se não existisse distancia entre a vida e
a morte, entre o passado e o presente, entre o real e o fictício.
Afinal... Não existe
o que apague “O TEMPO E O VENTO”, que passou em nossas vidas.
Para muitos é um
ciclo que termina, uma saudade que nasce, uma nostalgia que vaza seu gosto de
sal pelas frestas do rosto.
Para muitos é um
ciclo que começa. Um continente que deixa de ser apenas dos “fronteiros”, para
ser patrimônio da umanidade.
Um retrato que
se movimenta e tem voz. Um retrato que não amarela e nem envelhece. Um retrato
que se oferta a quem aprecia a arte.
Fica a nossa
“SANTA FÉ”, plantada em solo fértil, para servir de fortim para as lembranças
de tudo o que suas paredes presenciaram.
- A nossa SANTA
FÉ. Patrimônio que já nasceu tombado por já ter nascido “história”.
Pena que não mais
consigamos enxergar ÉRICO VERISSIMO.
Com certeza
veríamos que seu sorriso não cabe no rosto, afinal seus “filhos” voltaram a
vida, para comungarem o mate com uma legião de gaúchos e “agauchados” que
aportaram nesta fronteira para dar longevidade ao seu maior legado.
Mil Gracias
Jaime Monjardim, e quando digo mil gracias ao capataz dessa comitiva, estendo
esse agradecimento a todos que de alguma forma contribuíram com essa grande
obra. Vocês conseguiram mobilizar uma região inteira. Ou melhor. Apaixonaram
uma região inteira, pois durante esse tempo, muitas paixões se tornaram
secundárias.
Só posso dizer.
Vão com Deus.
Mas recuso-me a dizer
ADEUS.
Prefiro dizer
ATÉ LOGO e voltem breve.
SÃO VIDEOS COM MUSICAS DE SEVERINO RUDES MOREIRA E PARCERIAS.
*http://www.youtube.com/watch?v=bQa0gTTEJb0&feature=related
Entre Baguais
Das Cruzes
Rumbeando
Pro Fim
Proseando Com a Lua
Véia Descaderada
Quando o Coração Pede Pouso
www.youtube.com/cattanicesar
Coplas
Para Um galpão
PROSEANDO COM A LUA AO VIVO
Davi Meneses Junior – Classificando as Etnias
DECIMA DE UMA RIMA SÓ
ASSUSSEGA CHINA VÉIA
OUTRA FORMA DE VER
PELAS MÃOS
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
PROMOÇÃO DE LANÇAMENTO
Adquira o Livro de causos gauchescos PROSA DE GALPÃO através do site http://www.rustika.com.br e receba o seu exemplar em casa com toda a comodidade e segurança. O valor R$ 15,00 pago com cartão de crédito e já com o frete incluso.
Vale a pena, pois o livro trás uma coletânea de causos de galpão narrados com enredo e muito bom humor que além de resgatar a cultura oral do nosso povo, com certeza irá absorvê-lo do inicio ao fim.
OBS. Se não tiver sua cidade relacionada no momento do cadastro na RUSTIKA. Escolha outra cidade pois ali estão apenas a cidades que anunciam ofertas no site.
Coloque sua cidade junto ao seu endereço correto no próximo campo, após cadastrado, pois é para esse endereço que enviaremos o seu livro.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
LIVRO PROSA DE GALPÃO
De Marka Editora convida
PROSA DE GALPÃO. Lançamento em Bagé na feira do livro dia 02 de outubro as 17:00 horas.
São 152 paginas de enredo e bom humor, resgatando o linguajar gauchesco e a cultura oral, oriunda de galpões e prosas ao beira do fogo.
A De Marka da seu primeiro passo em publicações literárias lançando nesta Semana Farroupilha o livro PROSA DE GALPÃO de autoria do poeta candiotense Severino Rudes Moreira. É terceiro livro editado pelo autor e segundo de Causos Gauchescos.
Severino que entre suas várias atividades, atua como letrista em festivais a mais de vinte anos e soma vários prêmios em seu currículo, em 2011 participou de quatro festivais conquistando três prêmios, mas em literatura atua mais escrevendo causos gauchescos, pois entende que poesia tem um numero bem maior de autores publicando e assim resgata esse segmento da cultura oral de ranchos e galpões em rodas de mates principalmente em noites de serões e dias de chuva, onde as lides campeiras e agrícolas diminuem a intensidade.
domingo, 10 de julho de 2011
PROSEANDO COM A LUA
PROSEANDO COM A LUA -Musica Romantica do Canto Sem Fronteira da cidade de Bagé. Melodia e interpretação é de Ricardo Coelho, com participação muito especial de Francisco Teixeira. A gente sempre faz serenata para a lua, quando o destino é sempre uma ESTRELA. A produção do video é de Cattani Produto Cultural Gaucho.
ENTRE BAGUAIS
ENTRE BAGUAIS - Foi minha primeira musica em Festivais em novembro de 1989, 3º Lugar na 6ª Reculuta de Guaiba. A parceria é com Rui Pedro Schimitz e a voz é de Flavio Hanssen. A produção do video é de Cattani Produto Cultural Gaucho
COPLAS PARA UM GALPÃO DE ESTANCIA
COPLAS PARA UM GALPÃO DE ESTANCIA - Uma milonga que conquistou o 2º Lugar na 14ª Reculuta de Guaiba em parceria com Xiru Antunes e Jari Terres. A produção do video é de Cattani Produto Cultural Gaucho e faz parte da série Resgates.
QUANDO O CORAÇÃO PEDE POUSO
QUANDO O CORAÇÃO PEDE POUSO- Um xote com melodia de Diego Espindola e Ricardo Rosa na voz de Tony Acosta. Teve a primeira gravação através do Grupo De Á Cavalo da cidade de Piratini.. A produção do Video é de Tony Acosta.
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