O TEMPO E O
VENTO
O VENTO soprou
nas canhadas, invadiu frestas das casas e soprou gravetos reacendendo as brasas
do TEMPO.
Encantou a alma
dos vivos e ressuscitou outras tantas que “dormiam sono profundo” nas paginas
amareladas dos livros.
Uma inversão
onde os vivos é que encarnaram os mortos emprestaram seus semblantes e timbres,
absorveram suas dores e alegrias como se não existisse distancia entre a vida e
a morte, entre o passado e o presente, entre o real e o fictício.
Afinal... Não existe
o que apague “O TEMPO E O VENTO”, que passou em nossas vidas.
Para muitos é um
ciclo que termina, uma saudade que nasce, uma nostalgia que vaza seu gosto de
sal pelas frestas do rosto.
Para muitos é um
ciclo que começa. Um continente que deixa de ser apenas dos “fronteiros”, para
ser patrimônio da umanidade.
Um retrato que
se movimenta e tem voz. Um retrato que não amarela e nem envelhece. Um retrato
que se oferta a quem aprecia a arte.
Fica a nossa
“SANTA FÉ”, plantada em solo fértil, para servir de fortim para as lembranças
de tudo o que suas paredes presenciaram.
- A nossa SANTA
FÉ. Patrimônio que já nasceu tombado por já ter nascido “história”.
Pena que não mais
consigamos enxergar ÉRICO VERISSIMO.
Com certeza
veríamos que seu sorriso não cabe no rosto, afinal seus “filhos” voltaram a
vida, para comungarem o mate com uma legião de gaúchos e “agauchados” que
aportaram nesta fronteira para dar longevidade ao seu maior legado.
Mil Gracias
Jaime Monjardim, e quando digo mil gracias ao capataz dessa comitiva, estendo
esse agradecimento a todos que de alguma forma contribuíram com essa grande
obra. Vocês conseguiram mobilizar uma região inteira. Ou melhor. Apaixonaram
uma região inteira, pois durante esse tempo, muitas paixões se tornaram
secundárias.
Só posso dizer.
Vão com Deus.
Mas recuso-me a dizer
ADEUS.
Prefiro dizer
ATÉ LOGO e voltem breve.
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